Parte disso acontece porque vivemos em um mundo de imagens da mídia que aprecem perfeitas ou pelo menos bonitas. Ficamos muito presos à nossa autoimagem e perdemos a trilha para a nossa autoessência, que está além das compulsões externas. Nossa auto imagem não é quem nós realmente somos, mas como os outros nos vêem, o que deve permanecer externo, limitado.
Essa mídia representa uma tentativa de nos controlar. É um poder de maya ou ilusão. Ela se baseia em produzir imagens nas quais é fácil acreditar, como atores, atrizes ou corpos retocados que não correspondem a nenhuma pessoa real. Isso faz que percamos idéia do nosso próprio ser e paremos de viver nossas próprias vidas. Estamos nos tornando espectadores, sem experimentar a vida diretamente. Passamos a maior parte do tempo olhando para as imagens da mídia e nos esquecemos de observar nossos próprios pensamentos ou a natureza. Podemos usar a mídia para receber informações, mas quando damos mais atenção a mídia do que às nossas vidas, caímos em desequilíbrio facilmente.A economia pode ajudar confundirmos status financeiro com o nosso valor. Já trabalhei com muitas pessoas ricas e influentes e de maneira nenhuma elas são mais felizes ou inteligentes,criativas ou espirituais que as outras. A riqueza real consiste em estar consciente da natureza sagrada de toda a vida.
Amor próprio não é amor ao ego ou narcisismo. É simplesmente estar feliz consigo, repousar na verdadeira natureza em vez de ficar nas opiniões dos outros, julgamentos e expectativas do outro.
Se você está disposto a dar amor sempre o terá. Se você está sempre procurando o amor, nunca conseguirá tê-lo isso sempre vai iludi-lo. O problema é que confundimos o amor em ser amado ou até com ter pessoas nós desejando, o que os compele a tentar parecer bonitos aos olhos dos outros.
Yogini Shambbavi (texto públicado no jornal yoga abril/maio 2011)
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