quinta-feira, 19 de maio de 2011

Muito Além da autoimagem

Muitos de nós estamos perdendo nossa autoestima.Temos uma autoimagem pobre e pensamos que somos de alguma maneira indignos ou desprezíveis.
Parte disso acontece porque vivemos em um mundo de imagens da mídia que aprecem perfeitas ou pelo menos bonitas. Ficamos muito presos à nossa autoimagem  e perdemos a trilha para a nossa autoessência, que está além das compulsões externas. Nossa auto imagem não é quem nós realmente somos, mas como os outros nos vêem, o que deve permanecer externo, limitado.
Essa mídia representa uma tentativa de nos controlar. É um poder de maya ou ilusão. Ela se baseia em produzir imagens nas quais é fácil acreditar, como atores, atrizes ou corpos retocados que não correspondem a nenhuma pessoa real. Isso faz que percamos idéia do nosso próprio ser e paremos de viver nossas próprias vidas. Estamos nos tornando espectadores, sem experimentar a vida diretamente. Passamos a maior parte do tempo olhando para as imagens da mídia e nos esquecemos de observar nossos próprios pensamentos ou a natureza. Podemos usar a mídia para receber informações, mas quando damos mais atenção a mídia do que às nossas vidas, caímos em desequilíbrio facilmente.
A economia pode ajudar confundirmos status financeiro com o nosso valor. Já trabalhei com muitas pessoas ricas e influentes e de maneira nenhuma elas são mais felizes ou inteligentes,criativas ou espirituais que as outras. A riqueza real consiste em estar consciente da natureza sagrada de toda a vida.
Amor próprio não é amor ao ego ou narcisismo. É simplesmente estar feliz consigo, repousar na verdadeira natureza em vez de ficar nas opiniões dos outros, julgamentos e expectativas do outro.
Se você está disposto a dar amor sempre o terá. Se você está sempre procurando o amor, nunca conseguirá tê-lo isso sempre vai iludi-lo. O problema é que confundimos o amor em ser amado ou até com ter pessoas nós desejando, o que os compele a tentar parecer bonitos aos olhos dos outros.

Yogini Shambbavi (texto públicado no jornal yoga abril/maio 2011)

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