sábado, 21 de maio de 2011

Ocos e recheados

Hoje estou com dor de cabeça terrível, do lado temporal a onde passam as artéria carótida e veia jugular ou seja, estou com a pressão alta, sinais que estou muito irritada. Em homenagem a isso escrevi um testo para aliviar o meu estresse com o mundo, espero que gostem. Sim eu irei para Amsterdam.


Não existe nada mais fake na vida que esse bom mocismos existente nos dias de hoje, não que eu prefira a falta de educação ou a grosserias humanas. Simplesmente acho que nenhuma ação dita altruísta feita por nenhum ser humano e válida.
Por isso para mim ninguém presta, e tudo que é feito a outra pessoa sempre tem fundo de interesse, principalmente quando nascemos brasileiros e automaticamente corruptíveis Alguns diriam “questão de criação” eu diria questão cultural multilateralizada.
Nada me irrita mais que do que uma pessoa que expõem principalmente nessas benditas redes sociais e como são afáveis e humanas e adoram fazer o bem para outros sem ver a quem, e tudo é lindo.
Então tá vai lá bonitona e da uma beijo de língua em um mendigo que não toma banho faz três meses e deixa ele dormir na sua cama. Hipocrisia tão grande, toda a pessoa que realmente tem interesse em ajudar os outros normalmente é um todo completo e faz a diferença dos meios mais simplórios e funcionais, sem fazer a questão de serem reconhecidas por isso.
 Ironizar situações é um modo sincero (ao meu ver) de lidar com os as impotências em frente as injustiças divinas e de demostrar a indignação sem ser um completo oco. Normalmente as pessoas são um completo oco e assumem e outras são um oco e não assumem e querem parecer que são recheadas. Então deixamos a os maldosos e irônicos o trabalho de mostrar a verdadeira face humana bem recheada, que é a da maldade, normalmente muito mais verdade funcional.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Muito Além da autoimagem

Muitos de nós estamos perdendo nossa autoestima.Temos uma autoimagem pobre e pensamos que somos de alguma maneira indignos ou desprezíveis.
Parte disso acontece porque vivemos em um mundo de imagens da mídia que aprecem perfeitas ou pelo menos bonitas. Ficamos muito presos à nossa autoimagem  e perdemos a trilha para a nossa autoessência, que está além das compulsões externas. Nossa auto imagem não é quem nós realmente somos, mas como os outros nos vêem, o que deve permanecer externo, limitado.
Essa mídia representa uma tentativa de nos controlar. É um poder de maya ou ilusão. Ela se baseia em produzir imagens nas quais é fácil acreditar, como atores, atrizes ou corpos retocados que não correspondem a nenhuma pessoa real. Isso faz que percamos idéia do nosso próprio ser e paremos de viver nossas próprias vidas. Estamos nos tornando espectadores, sem experimentar a vida diretamente. Passamos a maior parte do tempo olhando para as imagens da mídia e nos esquecemos de observar nossos próprios pensamentos ou a natureza. Podemos usar a mídia para receber informações, mas quando damos mais atenção a mídia do que às nossas vidas, caímos em desequilíbrio facilmente.
A economia pode ajudar confundirmos status financeiro com o nosso valor. Já trabalhei com muitas pessoas ricas e influentes e de maneira nenhuma elas são mais felizes ou inteligentes,criativas ou espirituais que as outras. A riqueza real consiste em estar consciente da natureza sagrada de toda a vida.
Amor próprio não é amor ao ego ou narcisismo. É simplesmente estar feliz consigo, repousar na verdadeira natureza em vez de ficar nas opiniões dos outros, julgamentos e expectativas do outro.
Se você está disposto a dar amor sempre o terá. Se você está sempre procurando o amor, nunca conseguirá tê-lo isso sempre vai iludi-lo. O problema é que confundimos o amor em ser amado ou até com ter pessoas nós desejando, o que os compele a tentar parecer bonitos aos olhos dos outros.

Yogini Shambbavi (texto públicado no jornal yoga abril/maio 2011)

domingo, 1 de maio de 2011

Bodisatva

Dentro das minhas imensas e inúmeras curiosidades, revolvi saber o que era o Dalai Lama, esse nome que de imenso peso, que é sempre colocado em referência à paciência e paz. Então montei um pequeno texto sem muitas pretensões, sobre essa personalidade que eu particularmente aprecio bastante, tanto sua filosofia como a sua história. 
Afinal, em tempos de um mundo onde valorizamos cada vez mais o dinheiro, e a cultura individualista e toda  desfragmentação do respeito ao outro, e sempre muito recompensador absorver um pouco de “uma coisa” ou talvez sejam várias "coisas" que eu não consigo classifica-las ou enumera-las, mas que faltam um pouco  em todos nós.
Dalai Lama esse que é considerado um Tulkun, que optaram pela reencarnação, a fim de esclarecer a humanidade. Dalai significa "Oceano" em mongol e "Lama" é a palavra tibetana para mestre, guru, e várias vezes referido por "Oceano de Sabedoria", um título dado pelo regime mongoliano a Altan Khan (o terceiro Dalai Lama) e agora aplicado a cada encarnação na sua linhagem. Os dalai lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da Compaixão. Que seria definido como é um termo do budismo que significa duas coisas diferentes. Num sentido específico, refere-se aos seres de sabedoria elevada, que seguem uma prática espiritual que visa remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres sencientes. O outro significado para bodisatva refere-se a todas as forças de pureza dentro da mente.

Estou deixando um texto com o titulo  Como Alcançar a Felicidade, ótimo para refletir sobre as nossas atitudes cotidianas.

“Para começarmos, podemos dividir todo tipo de felicidade e sofrimento em duas categorias principais: mental e física. Das duas, é a mente que exerce a maior influência em muitos de nós. A menos que estejamos gravemente doentes, ou privados de nossas necessidades básicas, a condição física representa um papel secundário na vida. Se o corpo está satisfeito, praticamente o ignoramos. A mente, entretanto, registra cada evento, por mais pequeno que seja. Por isso, deveríamos devotar nossos mais sérios esforços à produção da paz mental. A partir de minha própria limitada experiência, descobri que o mais alto grau de tranqüilidade interior vem do desenvolvimento do amor e da compaixão. Quanto mais nos ocuparmos com a felicidade alheia, maior se tornará nossa sensação de bem-estar. O cultivo de sentimentos amorosos, calorosos e próximos para com os outros automaticamente descansa a mente. Isto ajuda a remover quaisquer temores ou inseguranças que possamos ter e, nos dá força para enfrentarmos quaisquer obstáculos que encontramos. É a principal fonte de sucesso na vida. Enquanto vivemos neste mundo estamos destinados a encontrar problemas. Se, nessas ocasiões, perdemos a esperança e nos desencorajamos, diminuímos nossa habilidade de encarar as dificuldades. Se, por outro lado, nos lembramos que não se trata apenas de nós, mas, que todos têm de passar por sofrimento, esta perspectiva mais realista aumentará nossa capacidade e determinação para sobrepujarmos os problemas. Na verdade, com essa atitude, cada novo obstáculo pode ser encarado como sendo mais uma valiosa oportunidade de aprimorar nossa mente! Desse modo, podemos gradualmente nos esforçar para nos tornarmos mais compassivos, ou seja, podemos desenvolver tanto a genuína empatia pelo sofrimento dos outros, quanto a vontade de ajudar a remover sua dor. Como resultado, crescerão nossas próprias serenidade e força interior.
Dalai Lamaassivos, ou seja, podemos desenvolver tanto a genuína empatia pelo sofrimento dos outros, quanto a vontade de ajudar a remover sua dor. Como resultado, crescerão nossas próprias serenidade e força interior”
Dalai Lama

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quando os Elefantes Choram

Esse foi um dos livros mais legais que já li. Se refere a vida sentimental dos animais e como nós, humanos lidamos isso.





A idéia básica parece ser que se alguma coisa não sentir a dor da forma como um ser humano a sente, é permitido magoá-lo. Apesar de isto não ser necessariamente verdade, a ilusão das diferenças é mantida pelo medo que a percepção de similaridades poderá dar origem à obrigação de acordar respeito e talvez mesmo igualdade. Parece ser particularmente o caso quando se trata de sofrimento, dor, mágoa e tristeza. Nós não queremos causar essas sensações aos outros porque sabemos o que se sente quando somos nós a experimentá-los. Ninguém defende o sofrimento como tal. Mas o que dizer das experiências em animais? A sua defesa gira à volta de utilidade, opondo a importância do maior bem comum face a um sofrimento menor. Implícita está habitualmente a maior importância daqueles que lucram com isso (por exemplo, os cientistas empregues pelas empresas de cosmética ou farmacêuticas para realizar experiências em coelhos) comparativamente à menor importância daqueles que são sacrificados para o benefício dos primeiros.


Um investigador que realiza experiências em animais inevitavelmente irá quase sempre negar que os animais sofram da mesma forma que os humanos. Em caso contrário ele estaria implicitamente a admitir a crueldade. O sofrimento experimental não é imposto ao acaso e sem consentimento nos seres humanos e defendido como ético com base em que irá proporcionar enormes benefícios a outros (Pelo menos já não hoje em dia). Os animais sofrem. Poderemos ou deveremos nós medir o seu sofrimento, compará-lo com o nosso próprio? Se for como o nosso, como poderá isto continuar? Tal como Rousseau escreveu no seu Discourse on the Origin of Inequality em 1755: "Parece que, se for obrigado a não ferir qualquer ser como eu próprio, não é tanto por tratar-se de um ser razoável *, mas sim porque se trata de um ser sensível". Para além disso, porque é que o sofrimento tem de ser igual ao nosso para que seja injustificável infligi-lo? Tem sido argumentado que os humanos experimentam a dor mais acentuadamente porque a recordamos e antecipamos; de acordo com os termos de Rousseau porque somos "razoáveis". Contudo não é manifesto que os animais não possam fazer essas mesmas duas ações.


Jeffrey Moussaieff Masson