domingo, 29 de agosto de 2010

Não ver, não ouvir, não falar

A vantagem do conhecimento é que podemos chegar a conclusões mais afáveis em relação a muitas coisas, principalmente demonstrar opiniões ponderadas em determinados assuntos principalmente polêmicos.
Vejo muito do que fala sobre o aborto no Brasil, nunca vi nada que fosse determinante na saúde pública em relação a o aborto, além da lei do Direito ao aborto que garante a mulher que sofreu uma violência sexual e engravidou ou que tenha uma gravidez de risco o direito ao aborto dentro da rede pública de saúde.
O prazo limite dado pela lei e ate a vigésima semana de gestação para garantir segurança, creio eu, nos conceitos fisiológicos do crescimento embrionário.
E pergunto-me o que são feitos em outros casos como determinadas patologias com anencefalia que pode não ser diagnosticada dentro do prazo permitido pela lei , e mulheres que querem o aborto como direito de escolha sobre o seu corpo? A maioria das pessoas se nega ate a comentar o assunto.
A  necessidade da formação de uma opinião pública sobre o assunto, é de extrema importância para se desenvolver leis, que sejam capacitadas a racionalizar a questão protegendo os direitos das mulheres.
Para isso devemos discutir esse assunto com seriedade e conhecimento científico. Se necessário que se desenvolvam pesquisas e diálogos para que o assunto seja posto em pauta, para que a população veja como um assunto que precisa de atenção, para que seja encarado de maneira racional, dentro do parâmetros da ciência.
Não devemos mais tratar aborto como um pecado, ou com um assunto que não se menciona, devemos abordar a questão é resolver determinantes em relação cada caso com toda a seriedade. Para se evitar mais situações de infanticídio, sim evitar, porque para mim infanticídio é abortar um bebê de seis meses ou pior abandonar um recém-nascido na lata do lixo.
O que é pior do falta de diálogo em relação ao aborto, e o tamanho do desperdício de produtos contraceptivos oferecidos pelo sistema público de saúde que são jogados fora por passarem da data de validade por não serem distribuídos por falta de procura, resultados claros de uma população mal informada e cheias de paradigmas e preconceitos, ate sobre o que pode proporcionar o seu bem estar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário