sábado, 28 de agosto de 2010

Little Girl Blue


Escolhi falar de Janis não por que ela foi uma estrela do rock autodestrutiva, gosto da música, gosto da pessoa Janis. Apesar de nunca ter lido nada autobiográfico, posso ver Janis pessoa por suas canções, e digo Joplin foi simplesmente mulher em todos os sentidos.
Lembro-me de um documentário que vi em um canal pago, que narrava a sua história: garota vinda do sul dos estados unidos que fora rejeitada no colegial, rejeitada pelo noivo o qual a abandonou um pouco antes do casamento,o abuso de drogas,sucesso entre outras coisas.
E sinto que para uma mulher nascida em uma cidade interiorana como Port Arthur no Texas, machista e preconceituosa,ser uma mulher rejeitada socialmente do modo que fora durante grande parte de sua vida, pode ter consequências assombrosas.
E Janis acabou simplesmente recorrendo à maneira dela, de espantar os seus fantasmas e fugir de sua tristeza. Janis era triste de fato, ela gritava, esperneava em cima de suas frustações, construiu um mundo melancólico e lindo moldados em sentimentos tão verdadeiros que deixaria a humanidade agradecida eternamente pela sua existência.
Acho que Janis sofreu do mal do coração partido, sofreu por querer ser amada de verdade sofreu por ser mulher e por não se encaixar nos padrões, cantava blues música de negros, uma mulher branca que cantava música de negros, que não se casará que não era bonita suficiente e fora abandonada pela única pessoa que demonstrou ama-la de verdade.
Janis morreu como mulher, morreu por não conseguir segurar nas costas o peso do seu próprio mundo o que fora suficiente para fazê-la desmoronar-se com apenas 27 anos, uma imensa perda...

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